Em defesa de Bento XVI

Publico abaixo, por ser muito interessante, artigo do jornalista Jayme Copstein sobre o Papa Bento XVI e a insidiosa campanha que contra ele se promove, desde quando era assessor de João Paulo II.

O Papa na alça de mira
por Jayme Copstein em 20 de setembro de 2006
Resumo: É espantosa a cumplicidade do silêncio com que se assiste à insultuosa arremetida de alguns fundamentalistas islâmicos, devidamente manejados pelos especialistas em incitar fanáticos em qualquer parte do mundo, contra o Papa Bento XVI. © 2006 MidiaSemMascara.org

É evidente que Joseph Ratzinger, padre alemão, hoje papa Bento XVI, está na alça de mira de determinados setores da política internacional. Sofre a campanha denigratória, desde sua convocação pelo antecessor João Paulo II, para preservar e promover a doutrina católica como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

O então cardeal Ratzinger foi escolhido porque João Paulo II tinha de enfrentar a indisciplina que ameaçava a unidade da Igreja de Roma, no fim dos anos 70. Foi a época de grandes rebeldias na Europa, com destaque na Alemanha, do movimento liderado pelo teólogo Hans Küng, que na América Latina pretendia adotar o marxismo como método de análise da realidade política e religiosa.

Assessor dos bispos progressistas alemães durante o Concílio Vaticano II, chegando a ser tido como teólogo de vanguarda, ao considerar excessos, como a utilização do Sermão da Montanha para embasar a pregação da luta de classes, Ratzinger recuou em suas posições e passou a ser considerado um ultraconservador.

Data de então, em torno de 1980, o apedrejamento impiedoso a que vem sendo submetido, culminando às vésperas de sua eleição para o papado com uma nota biográfica que o aviltava, lida por dóceis repórteres de uma grande rede de tevê, apesar de ter circulado dias a fio pela Internet.

O espantoso de tudo isso é a cumplicidade do silêncio com que se assiste à insultuosa arremetida de alguns fundamentalistas islâmicos – não é todo o Islã – alguns fundamentalistas, repita-se, devidamente manejados pelos mesmos setores da política internacional, especialistas em incitar fanáticos em qualquer parte do mundo.

O que todos deveríamos exigir, neste momento, é um mínimo de respeito ao líder religioso de maior importância do mundo ocidental. Chega de tão abjeta submissão.

Comentários

Anônimo disse…
Fiquei impressionado com a atitude do presidente do Irã. O mais temido e conservador lider dos muçulmanos dizer que não viu nenhuma ofensa nas palavras do Papa, para mim foi novidade. Mas de qualquer forma, realmente a retalhação está sendo desarrazoada (sei lá se existe essa palavra). Apesar de não ser católico, mas cristão, eu tenho muito respeito pelo Papa, afinal, é líder da maior organização religiosa do mundo. Mas eu não gostei das últimas palavras dele. Dizer que todos adoramos o mesmo Deus. O Deus da minha fé nem de perto é o mesmo que Moisés pregou. Que é claro, de acordo com minha crença, sequer existe. Isso achei errado ele dizer, pois a crença num único Deus, e que só se pode chegar a este Deus através de Jesus Cristo, é princípio cristão, que é a filosofia religiosa da igreja católica. Assim, entendo que não poderia o papa se referir dessa maneira ao Deus que eles acreditam. Conversar com quem não tem as mesmas convicções é uma coisa. Aceitar as suas convicções por comodismo, é outra.
Anônimo disse…
Caro Dr Lot, antes que alguém leia... Não tinha visto antes o erro grotesco que cometi.

Onde está escrito: "o mesmo que Moisés pregou";

Leia-se: "o mesmo que Maomé pregou"

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