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Mostrando postagens de julho, 2009

Editorial duro, porém justo, necessário e verdadeiro.

O presidente sem autocensura Seis anos e meio deveriam, talvez, ser mais do que suficientes para o País já não ficar perplexo com as impropriedades que ornamentam os discursos de cada dia do seu primeiro mandatário. Desde que chegou ao Palácio do Planalto, não houve, com efeito, ocasião ou circunstância que o presidente Lula considerasse imprópria para dizer o que lhe viesse à cabeça. Em linguagem corrente, o homem simplesmente não se toca. Mas o efeito cumulativo de seus disparates, no ambiente e no momento que for - desde uma entrevista de passagem, em meio ao atropelo dos jornalistas, até uma solenidade formal de governo -, antes aviva do que anestesia o pasmo provocado pela absoluta falta de autocensura que sustenta tais enormidades. O presidente, definitivamente, não possui o que o público chama de desconfiômetro. Quando lhe faltam argumentos racionais para defender suas teses, desanda a afirmar coisas de que em geral as pessoas, que dirá um chefe de Estado, poupam os que as ouvem

Tudo. Menos os interesses do Brasil (e dos brasileiros)

O nosso presidente continua "negociando" o Tratado de Itaipú com o presidente paraguaio. Alguém tem alguma dúvida de que o apedeuta "abrirá as pernas" para o Paraguay e beneficiará o país vizinho em detrimento dos brasileiros? Espere e verá. Você sentirá na conta de luz, em breve. Com os vizinhos, ele sempre prejudica o Brasil em favorecimento de seus interesses e amizades. Lembrem-se da Petrobrás na Bolívia, das empresas brasileiras no Equador, do perdão de dívidas com países africanos, etc. etc. Danem-se o Brasil e os brasileiros...

Na mosca!

A captura de uma instituição   Pensando bem, o maior dos escândalos que enxovalham o Senado não é nenhum dos que vieram à luz nos últimos meses, na esteira da disputa pelo seu comando, do qual saiu vitorioso o representante do Amapá, José Sarney, que até a enésima hora jurava não ambicionar o posto pela terceira vez. O escândalo dos escândalos é a transformação do Senado da República em repartição do governo Lula. A captura da instituição tornou-se a meta principal, nas relações com o Legislativo, de um presidente escaldado pela única derrota séria que a Casa lhe infligiu, ao derrubar a prorrogação da CPMF, em dezembro de 2007, e obcecado em remover do Congresso o menor obstáculo ao programa de aceleração do crescimento da candidatura Dilma Rousseff - a "sucessora", como não se peja de proclamar, indiferente ao prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para o início da campanha. Todo presidente aspira à hegemonia no Parlamento. A diferença está nos meios que em países politic

Pequenas ditaduras e pequenos ditadores...

Pastor das almas Demétrio Magnoli Tamanho do texto? A A A A Logo mais, em São Paulo, será proibido fumar em qualquer local fechado de uso coletivo, público ou privado. A lei paulista, patrocinada por José Serra, bane fumódromos em restaurantes, bares, edifícios públicos e empresas privadas. Ela também confere compulsoriamente aos proprietários de estabelecimentos comerciais um poder de polícia, obrigando-os a fiscalizar a proibição. Entre os deveres dos empresários se inclui a oferta aos clientes de formulários de denúncia de episódios de violação da lei. Nas democracias, o poder público administra as coisas. Mas a lei de Serra ambiciona administrar as almas, impondo a virtude e punindo o vício. Na sua intrusividade extremada, representa a culminância provisória de uma tendência perigosa. Há dois anos o governo federal tentou moldar os conteúdos da programação de TV por meio da chamada classificação indicativa, que daria ao Ministério da Justiça um poder de censura. Em maio, também

Estará o ex-presidente sendo profeta?

O pós-Real Fernando Henrique Cardoso Por mais que o governo atual se tenha omitido em rememorar os 15 anos do Real e que o temor da inflação esteja distante do cotidiano das pessoas, muita gente escreveu nas páginas econômicas dos jornais sobre o significado do controle da inflação desde os "longínquos" tempos de 1994. Não cabe, portanto, voltar ao tema. Desejo chamar a atenção para conquistas que ainda não fizemos ou para as que não me parecem asseguradas. Os progressos na construção de um país mais estável e melhor - depois do cataclismo inflacionário do final dos anos 70 ao início dos 90 - começaram antes de 1994. A organização do Tesouro Nacional, o fim do orçamento monetário, a abertura comercial, a renegociação da dívida externa em outubro de 1993 e o início da renegociação das dívidas dos Estados e municípios foram passos prévios indispensáveis à estabilização. Da mesma forma como foi importante o saneamento financeiro que levou ao fechamento de cerca de cem bancos sob

Mais uma do apedeuta...

O conto da governabilidade O presidente do Senado, José Sarney, acabamos de saber, tem mais uma inconveniência em comum com o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia, a quem nomeou em 1995, na primeira das suas três passagens pelo posto, e a quem pediu que se demitisse em março último. Agaciel teve de sair do cargo em que se comportou como um czar da burocracia do Senado depois que o jornal Folha de S.Paulo revelou que ele tinha ocultado do Fisco a propriedade de uma mansão em Brasília, avaliada em R$ 5 milhões. Pois ontem o Estado revelou que Sarney deixou de incluir nas suas declarações de bens enviadas à Justiça Eleitoral em 1998 e 2006, como candidato a senador pelo Amapá, a casa de 700 metros quadrados em que reside na Península dos Ministros, no Lago Sul da capital. O imóvel, comprado em 1997 do banqueiro Joseph Safra, é avaliado em R$ 4 milhões. Sarney mandou dizer que a omissão foi "um erro do técnico" que providenciou a documentação e que a propriedade consta da sua de