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Mostrando postagens de novembro, 2016

Pondo os pingos nos is; ou, pondo o MPF no seu devido lugar

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Sou contra a proposta de crime de responsabilidade, mas MPF não pode dar ultimato ao Congresso, ao presidente e ao STF. Ameaça de renúncia coletiva feita por procurador é um absurdo; isso evidencia que os senhores procuradores se imaginam mesmo o único poder da República; o ultimato é dirigido ao presidente da República Por: Reinaldo Azevedo 30/11/2016 às 16:53 Bem, meus caros, cada um diga o que quiser, não é?, e entenda a democracia como achar melhor, desde que se cumpram as regras pactuadas. Carlos Fernando Lima, aquele procurador que anunciou que iria lutar boxe com o Congresso — o que indica a sua disposição para o diálogo público e civilizado —, agora vem anunciar de forma tonitruante: se o presidente Michel Temer sancionar a proposta que cria o crime de responsabilidade para juízes e membros do Ministério Público, a força-tarefa renuncia. Vale dizer: o MPF resolveu fazer um braço de ferro com o Parlamento e quer arrastar o presidente da República para a crise. É de uma

Um editorial à altura da grandeza do jornal Gazeta do Povo

Na noite de sexta-feira (25),  faleceu um dos personagens-chave da história recente da América Latina : Fidel Castro, que governou Cuba como ditador entre 1959 e 2006. É impossível compreender o continente sem conhecer o modelo que ele implantou em seu país e nunca desistiu de exportar, seja pela via armada, seja pela via do discurso populista, com mais ou menos sucesso dependendo da época e do país. Descrever o seu legado não permite ambiguidades. Não podemos tratá-lo como “líder controverso”, um “revolucionário idealista” que precisou quebrar ovos para fazer a omelete de um país socialmente justo. Cita-se, entre suas frases icônicas, “Socialismo ou morte!”. Mas para definir Fidel seria melhor dizer “socialismo e morte”. Pois ele foi um ditador sanguinário, que transformou Cuba em uma prisão a céu aberto, quase uma propriedade familiar (basta ver quem ele apontou como sucessor). Foi o comandante da mais assassina ditadura latino-americana, e isso em uma época pródiga em regimes au

Entenda a nova língua esquerdista

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“Helicóptero cai”, “brasileiros indocumentados”… chegou o jornalismo-eufemismo Flavio Morgenstern 22/11/2016 Se alguém quer falar em manipulação da mídia, é preciso que se fale dos eufemismos que o jornalismo usa para defender sua agenda. Donald Trump parece estar causando pânico no mundo inteiro, mas não por nada concreto do que tenha feito – incluindo em “concreto” o muro que prometeu construir. O G1, portal da Globo, que passou toda a cobertura das eleições criticando o então candidato Republicano e dando como certa a vitória da Democrata Hillary Clinton, estampou a manchete:  Vitória de Trump gera medo e ansiedade entre brasileiros indocumentados nos EUA . Nunca tal palavra parece ter sido usada na história da língua portuguesa (ao contrário do  castellano ) para se referir a  imigrantes ilegais . É um eufemismo em grau extremista, ultra-radical, de tendência política fundamentalista – exatamente os adjetivos usados pela imprensa para se referir aos eleitores d