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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Paraíso cubano

" (EFE).- Trescientos cuarenta y cuatro modernos automóviles de la marca Lada fabricados por la empresa rusa Avtovaz llegaron hoy al puerto de La Habana, lo que supone el retorno de la importación de estos vehículos a la Isla después de doce años. Los nuevos vehículos, de los modelos Vesta y Largus Cross, fabricados por la mayor compañía rusa de automóviles, estarán destinados al servicio de la empresa Cubataxi, explicó el director general de Transporte de La Habana, José Conesa, citado por la estatal Agencia Cubana de Noticias (ACN). Los Lada, marca líder del mercado automovilístico en Rusia, circulan desde hace más de cuarenta años en la Isla, donde ruedan miles de los antiguos modelos 1200 y 1500, hasta los 2107 y los Samara, de las décadas de los ochenta y noventa." Fonte: http://www.14ymedio.com/nacional/Cuba-modernos-Lada-importados-Rusia_0_2367963181.html

Em tempos bicudos para as liberdades, o artigo de Lenio Luiz Streck é um refrigério

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SENSO INCOMUM A lavajatolatria, o Carnaval e os Habeas Corpus de Gilmar Mendes 18 de janeiro de 2018, 8h00 Por  Lenio Luiz Streck O professor Rogerio Dultra escreveu texto respondendo a uma indagação minha ( ver aqui ) e cunhou uma expressão interessante: o jurista lava-jato, que nasceu com as características que simbolizam esse imaginário punitivista, em que a moral substitui o Direito e em que os fins justificam os meios. Enfim, o jurista lava-jato assume um lado: o de que os argumentos morais e políticos (que, ao fim e ao cabo, são moralismos) valem mais do que a própria Constituição. Não é por nada que parcela da comunidade jurídica apoia atos de exceção. Já existe até a “jurisprudência da crise”. Existe também a “jurisprudência de exceção”. Resumindo: é o populismo que rima com punitivismo. Dedo longo, o jurista lava-jato funciona como o novo tipo-ideal do Direito: aponta o culpado e depois sai buscando narrativas (pós-verdades) para cobrir o  gap  entre o fato e a v

Interferência ilegal e lesiva ao país

sexta-feira, janeiro 19, 2018 Interferência desorganizadora - EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 19/01 Presidente da Câmara poderia ter sido mais preciso no tempo verbal utilizado. Faz muito tempo que a Justiça desorganizou – e continua a desorganizar – o País Ao comentar o imbróglio jurídico envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a interferência excessiva do Poder Judiciário prejudica o País. “Acho que isso está desorganizando o Brasil. Esse protagonismo excessivo do Judiciário não é bom para o Brasil”, disse Rodrigo Maia, durante viagem a Washington. Na realidade, o presidente da Câmara poderia ter sido mais preciso no tempo verbal utilizado. Faz muito tempo que a Justiça desorganizou – e continua a desorganizar – o País. Recentemente, ocorreram duas ingerências do Judiciário, especialmente graves, envolvendo medidas provisórias (MPs). Em cada caso, a Justiça conseguiu de uma

Salvadores da pátria muito caros

Primeiro, estranha-se; depois, estranha-se - VALENTINA DE BOTAS REVISTA VEJA Publicado na coluna de Augusto Nunes - 19/01 Ah, se os companheiros Deltan Dallagnol e Carlos Fernando conhecessem o Twitter na época em que Lula e Dilma desgovernavam A Suécia não tem graça. Coisa modorrenta assolada por paisagens de quebra-cabeças com castelos e lagos; mesmice iluminada por Ingrid, dirigida pelo grande Ingmar e musicada pelo ABBA (com uma das dicções mais perfeitas do inglês); sem-gracice de um país sem sol onde o sol nasce para todos; aquele tédio de nações sem corrupção, sem selvageria urbana, sem balas perdidas encontradas em corpos de inocentes, sem analfabetos nem desdentados. Acabo de ler “Um País Sem Excelências e Mordomias” (Geração Editorial, 336 páginas, 2014), da jornalista brasileira Claudia Wallin, que mora lá há um tempão. O livro é consistente e, para analisar a robustez da democracia e da cidadania na belíssima Suécia, faz uma retrospectiva sobre a passagem do poder

O "milagre" econômico da Nova Zelândia resumiu-se a contenção de gastos, enxugamento do estado e desregulamentação

Como a Nova Zelândia reduziu o estado, enriqueceu e virou a terceira economia mais livre do mundo Nada de exotismos. Apenas contenção de gastos, enxugamento do estado e desregulamentações Nota do Editor Na década de 1980, a Nova Zelândia, que até então havia sido um país rico, era um país relativamente atrasado (a renda per capita era igual às de Portugal e Turquia), estagnado e sem grandes perspectivas. A economia era engessada, fechada, protegida e ineficiente. Até que, em meados da década de 1980, um governo de esquerda fez o inimaginável e adotou medidas contrárias a esta ideologia: austeridade monetária e fiscal, redução dos privilégios, abolição de várias tarifas protecionistas e, principalmente, forte redução da máquina pública, com a demissão de vários funcionários públicos. Liderando esse processo, em conjunto com Roger Douglas , estava Maurice P. McTigue , ex-ministro do governo trabalhista eleito em 1984. A seguir, uma palestra educacional de McTigue, chamada Reduzindo o

Um pouco de filosofia

Por que os intelectuais odeiam o capitalismo? Ressentimento, arrogância e ignorância Por que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo? Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel (1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o capitalismo . Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da história. Desde a Grécia antiga , os intelectuais mais distintos — começando por Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles — viam com receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais, artesanais ou comerciais. E, atualmente, não tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial, que colocam seu labor criativo em obras literárias — todos são completamente contrários à economia de mercado e ao capitalismo. Eles são contra o processo espontâneo e de interações voluntárias que ocorre de mercado. Eles querem cont

Não tem almoço de graça

A conta do Estado do bem-estar - EDITORIAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 14/01 O Estado do bem-estar social, criado pela Constituição de 1988, consome tantos recursos quanto seus equivalentes em países desenvolvidos. No entanto, os serviços oferecidos aos cidadãos diferem visivelmente, e qualquer paciente de hospital público ou aluno da rede pública no Brasil intui logo que não está na Noruega – exemplo de Estado do bem-estar social que consegue ser muito mais eficiente que o brasileiro gastando menos em relação ao PIB. A explicação para essa distorção, dada pelo secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, ao jornal Valor, é apenas uma: o rombo da Previdência, que drena os recursos que deveriam financiar educação, saúde e outras necessidades sociais. Assim, é espantoso que alguns dos mais barulhentos defensores da manutenção do Estado do bem-estar social estejam igualmente na vanguarda da defesa do atual sistema previdenciário, que é deficitár

Para quem fala sobre desmatamento sem estudar o assunto, é bom ler este editorial do Estadão

Brasil, país poupador de terras - EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 09/01 Devastação de matas e agricultura predatória são temas frequentes sobre preservação ambiental, num falatório mal informado, muitas vezes desonesto Devastação de matas e agricultura predatória são dois temas frequentes quando se avalia a preservação ambiental no Brasil, num falatório mal informado, muitas vezes desonesto e frequentemente repetido, no País, pelos bem-pensantes de plantão. Quem se dispõe a discutir seriamente o assunto pode agora recorrer a informações da Nasa, a agência espacial americana. Segundo a agência, as lavouras ocupam 65,91 milhões de hectares, apenas 7,6% do território brasileiro, e a vegetação nativa é preservada em mais de dois terços da superfície do País. Esses números são muito mais compatíveis com os objetivos de conservação ambiental do que os encontrados na maior parte do mundo, incluídos os países mais desenvolvidos e apontados, costumeiramente, como os menos devastadores. A informa