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Mostrando postagens de março, 2020

Editorial do Estadão, 21/03/2020

O País que se lixe - EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 21/03 Para o lulopetismo e o bolsonarismo, aflição de brasileiros não é nada senão instrumento para seus projetos de poder Desde a campanha eleitoral de 2018 se sabe que lulopetismo e bolsonarismo são da mesma cepa. Um alimenta o outro, na expectativa de que a polarização os favoreça, e ambos só se preocupam de fato com os interesses de seus líderes messiânicos, nunca com os interesses dos brasileiros em geral – que são invocados por esses demagogos apenas para sustentar uma retórica salvacionista destinada a justificar expedientes autoritários. Para o lulopetismo e o bolsonarismo, a aflição de milhões de brasileiros diante das catastróficas consequências da covid-19, para ficar apenas nesse dramático exemplo, não é nada senão instrumento para seus projetos de poder. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, sempre que se manifesta a respeito da epidemia o faz para responsabilizar terceiros, seja a imprensa, que noticia a

Editorial do Estadão, 07/03/2020

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Decisão grave Faz todo sentido exercer pressões diplomáticas sobre um regime vil como o de Maduro. Isto só não pode ser feito deixando desassistidos os milhares de brasileiros que vivem na Venezuela Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 07 de março de 2020 | 03h00 Sem qualquer explicação, o governo brasileiro determinou a saída de quatro diplomatas e outros sete funcionários da embaixada e dos consulados do Brasil na Venezuela. É fato que as relações diplomáticas entre os dois países estão estremecidas desde o impeachment de Dilma Rousseff, passando pelo reconhecimento pelo Brasil, entre outras 50 nações, de Juan Guaidó como o presidente encarregado da Venezuela – contrapondo-o aos desmandos da ditadura de Nicolás Maduro – e pela grave crise migratória na fronteira. Mas o que teria levado o Itamaraty a decidir pela completa remoção do corpo diplomático baseado no país vizinho, ato que, na prática, equivale a um rompimento de relações? Até o momento, o Ministério das Relaçõe

Artigo de Merval Pereira em O Globo, 06/03/2020

Sem compostura. Merval Pereira – O Globo Vivendo na bolha virtual das redes sociais, o presidente Bolsonaro espanta-se quando os jornais independentes estampam nas manchetes sua falta de compostura. Diz que jornalista é raça em extinção, mas se incomoda quando identificam nele a contrafação do palhaço contratado. Numa metalinguagem involuntária, um palhaço orientava o outro sobre que perguntas fazer para os jornalistas, enquanto bananas eram distribuídas. O que em Chacrinha era pura arte brasileira, em Bolsonaro e Carioca é a explicitação de uma visão de mundo apequenada pela atuação permanente no lado escuro da sociedade. Beppe Grillo, o cômico italiano, youtuber e blogueiro, que criou um partido político de extrema-direita com influência importante na política italiana, é o que há de mais próximo de Bolsonaro na política internacional.  Não por ser de extrema-direita, mas por ser palhaço. Apalhaçado também é Trump, assim como foram Hitler e Mussolini, em comum to