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Mostrando postagens de julho, 2018

O Brasil que produz, apesar da incompreensão (e oposição) de muitos

As transformações no campo Dados preliminares do IBGE confirmam que se produz proporcionalmente muito mais por área plantada e por trabalhador empregado O Estado de S.Paulo 30 Julho 2018 | 03h00 Aumento do número de tratores, maior emprego de defensivos e insumos, crescimento de mais de 50% no número de estabelecimentos que utilizam irrigação e notável busca de acesso à internet (aumento de 1.790% no total de produtores que utilizam a rede mundial de computadores) estão entre as mudanças no campo que explicam o espetacular crescimento da produção agropecuária nos últimos anos mesmo com um aumento muito mais modesto da área cultivada e a redução da mão de obra empregada. Dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 que acabam de ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que se produz proporcionalmente muito mais por área plantada e por trabalhador empregado. São esses avanços que asseguram posições cada vez mais destacadas do Brasil na produ

A mudança, para valer, tem que ser radical. Caso contrário, nada muda.

"É “dinheiro de pinga” essa montanha que escandaliza o mundo do que nos roubam por fora da lei. O que arrebenta mesmo é o que nos tomam por dentro da lei. É o que nos tomam convertendo todo e qualquer assalto em mais um “direito adquirido”; automatizando o avanço anual sobre os bolsos do favelão nacional; rebatizando pedaços do esbulho como “auxílio”, “contribuição”, ou “salário-xis”. O que nos mata mesmo é, com todos os chineses do mundo fungando no cangote dos nossos empregos, ter o peso desses penduricalhos multiplicado pela ausência de cobrança de resultados, a estabilidade eterna e até hereditária no emprego, o avanço na carreira por decurso de prazo, a antecipação das aposentadorias… Enquanto não estiver nas nossas mãos o direito de deseleger a qualquer momento estes que hoje elegemos para uma “privilegiatura” eterna, destruir o Brasil continuará lhes parecendo mais barato que perder uma eleição. Enquanto a pena máxima para juiz ladrão continuar sendo a aposentadoria precoce

A que ponto chegou o nível de irresponsabilidade dos investigadores policiais...

" Mesmo sem ser servidora, segundo os investigadores, era ela a responsável por produzir manifestações consideradas pela PF como fraudulentas para entidades que “possivelmente ofereceram vantagens indevidas” a Marun."  (fonte:  https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07/ministerio-do-trabalho-fraudava-pareceres-para-marun-segundo-pf.shtml)

Uma boa entrevista de quem conhece as entranhas do poder judiciário

" A Justiça trabalhista custa em torno de R$ 8 bilhões por ano, enquanto o valor de todas as causas gira ao redor de R$ 4 bilhões. Como sair desse contrassenso? A Justiça do Trabalho foi aparelhada pelo PT. Eu vi de perto esse aparelhamento. Isso começou a acontecer no momento em que houve aquela ideia de acabar com a Justiça do Trabalho, e isso ia contra os interesses do sindicalismo, porque o grande e fiel escudeiro do sindicalismo é a Justiça do Trabalho. Eles viram que nenhum país civilizado tem uma Justiça do Trabalho. Então, eles começaram a criar conflitos e a largar o maior número de processos. Na época, aprovou-se uma lei: a cada mil processos, você criava uma vara – não sei se revogaram isso, mas estava lá. Eu era corregedora e vi isso acontecer.  Na ocasião, fiz um levantamento do custo da Justiça do Trabalho e dos aumentos de varas que estavam em andamento lá e levei ao Advogado-Geral da União. A Presidência precisava tomar conhecimento daquele absurdo. A Justiça do T

Editorial do Estadão de hoje: O Plantonista amigo

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O plantonista amigo O Estado de S.Paulo A tentativa de membros do PT de obter ilegalmente a soltura do seu cacique Lula da Silva evidenciou desespero e irresponsabilidade, além de completo menosprezo pelo Estado de Direito. Ao longo do domingo passado, os brasileiros observaram, atônitos, uma manobra canhestra que, não fossem a prudência da Polícia Federal, que não deu cumprimento a uma ordem manifestamente ilegal, e a prontidão de alguns membros do Judiciário, que afinal desfizeram os atos de um desembargador desatinado, poderia ter conduzido o País a uma confusão maior do que a já reinante. Os três autores do pedido de habeas corpus, em seu açodamento, esqueceram-se de que o réu, noutro habeas corpus impetrado por terceiro, havia desautorizado “qualquer forma de representação judicial ou extrajudicial em seu nome, que não seja através de seus advogados legalmente constituídos para representá-lo e defender os seus interesses”. Não podiam, portanto, pedir a liberdade de Lula. Mas o pla

Democracia pressupõe respeito à lei e às competências de cada poder

Artigo, Denis Lerrer Rosenfield - A Cacofonia da autoridade Um erro tornado comum entre nós consiste em identificar, senão em confundir, a ideia de democracia com processos eleitorais, como se ela a esses se reduzisse. Para além do exercício pleno da liberdade, dentre os quais a liberdade de ir e vir, a liberdade de pensamento e expressão, a liberdade de organização partidária e sindical, há questões de fundo de ordem institucional que dizem respeito à própria autoridade estatal. Um dos problemas com o qual se enfrenta o país concerne a quem governa, a quem decide em última instância. Há todo um desenho constitucional que estabelece a separação de Poderes, a partir do compartilhamento da autoridade, assim como de suas distintas prerrogativas e competências. Acontece que este belo desenhotermina por não ser efetivo, quando os Poderes, além de outros que procuram afirmar-se, não só não se entendem entre si, como abrem espaço a diferentes tipos de arbitrariedades. Não basta um text