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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Editorial do Estadão, 30/01/2022

  Lula esquece, o País lembra O governo de Dilma Rousseff foi a gestão dos sonhos dos petistas, com a aplicação de teorias equivocadas que o PT sempre defendeu. É isso o que Lula deseja esconder Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 30 de janeiro de 2022 | 03h00 A história do PT produziu muitos fatos que jogam contra o partido e seus candidatos. Em toda eleição, há muita coisa a esconder e a tergiversar. Mas seria empequenecer a trajetória petista pensar que, na categoria de temas a serem evitados, estariam “apenas” os escândalos de corrupção do mensalão e do petrolão. Há também aparelhamento do Estado, apoio entusiasmado a ditaduras e governos que violam direitos humanos, tolerância a corporativismos e privilégios, confusão entre o público e o privado, sabotagem de políticas públicas responsáveis (apenas porque outros as propuseram), negligência com malfeitos internos do partido, campanhas de difamação contra adversários políticos, abundante difusão de desinformação e várias

Primeiro Editorial do Estadão, 29/01/2022

Nova desculpa para manter estatais A existência de estatais deveria ser norteada por políticas públicas e por evidências de incapacidade de entrega por parte do setor privado Notas&Informações, O Estado de S.Paulo 29 de janeiro de 2022 | 03h00 O governo pretensamente liberal de Jair Bolsonaro arrumou agora uma nova missão para justificar a existência da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e da Valec, vinculadas ao Ministério da Infraestrutura. O secretário nacional de Transportes Terrestres da pasta, Marcello Costa, disse ao Estadão que há planos para que as duas companhias possam vender serviços de consultoria e de formulação de projetos às empresas interessadas em construir ferrovias por meio de autorizações. Essa ideia, segundo ele, poderia retirar as duas estatais da situação de dependência do Tesouro Nacional, condição em que é preciso contar com recursos do Orçamento para despesas com pessoal e de custeio. A novidade é apenas mais uma prova da mentira contada na cam

Segundo Editorial do Estadão, 29/01/2022

A doença como ativo eleitoral A campanha antivacinação do governo extrapola a análise objetiva da administração pública e resvala para o questionamento do caráter de seus membros Notas&Informações, O Estado de S.Paulo 29 de janeiro de 2022 | 03h00 A história do País revela que houve governos ruins, houve governos péssimos e, agora, há o governo de Jair Messias Bolsonaro. O que o presidente da República faz no curso desta pandemia de covid-19, ou permite que façam em seu nome, não encontra equivalências no rol de sofrimentos já provocados aos brasileiros pelos erros, intencionais ou não, cometidos por seus antecessores. Agir contra a vacinação da população, das crianças em particular, extrapola todos os limites. Em todo o País, há registro de aumento do número de casos de covid-19 e de internações em UTIs. A variante Ômicron, muito mais contagiosa do que outras cepas do coronavírus, está em franca disseminação. Ao menos seis Estados e o Distrito Federal (DF) estão próximos do li

A derrota do otimismo, Cora Rónai, O Globo, 27/01/2022

  A derrota do otimismo Cora Rónai, O Globo, 27/01/2022 Fiz o que pude para não desanimar, mas a pandemia não tem aspectos positivos. Além do vírus, temos de brigar contra autoridades obscurantistas e debochadas Quando a pandemia começou, tentei ver a situação pelo lado positivo. Foi muito difícil, mas havia alguns vagos fiapos aos quais nós, polianas inveteradas, podíamos nos agarrar: afinal, estávamos vivendo uma experiência rara, que passaria aos livros de História. Qualquer pessoa de bom senso sabe que experiências históricas devem ser evitadas a todo o custo; mas também é sabido que pessoas otimistas por natureza, como é meu caso, não têm bom senso — as condições são excludentes. O fato é que vimos imagens inéditas das grandes metrópoles inteiramente vazias; descobrimos pontos de luz e de solidariedade em vizinhos que cantavam nas janelas e tentavam transmitir coragem uns aos outros; vibramos com o aplauso coletivo para os heróis da área da saúde; aprendemos coisas que nem imaginá

Editorial do Estadão, 26/01/2022

  Um país tolerante com os privilégios Autoridades executivas e legislativas são coniventes com a notória assimetria entre o tratamento de privilegiados do setor público e o brasileiro que luta para sobreviver Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 26 de janeiro de 2022 | 03h00 Para o brasileiro comum, que em média obteve R$ 2.449 de renda real de todos os trabalhos no terceiro trimestre de 2021, deve causar indignação a notícia de que em empresas estatais controladas pela União a média de salários chega a R$ 34,1 mil. Trata-se, como mostrou o Estado, da média do que recebem os contratados da estatal PPSA, que administra a parte da União no petróleo do pré-sal. Em outras estatais, a média passa de R$ 20 mil. Como se trata de média, há, obviamente, muitos que ganham acima ou abaixo dela. Há, para exemplificar, o caso de um empregado da Petrobras que recebe, regularmente, R$ 145,1 mil por mês. Se o brasileiro comum for advertido de que, na última pesquisa do Instituto Brasileir

Artigo de Reinaldo Azevedo, publicado em 26/08/2010 no Blog então mantido na Revista Veja

  O discurso em que Lula afirma que Bolsa Família deixa o sujeito vagabundo, sem vontade de plantar macaxeira!!! E a prova documental de quem foi o criador do programa Como é mesmo? Segundo um novo Datafolha, a diferença entre Dilma e Serra oscilou para 20 pontos? Os petralhas não descansam nem de madrugada — creiam (devem ganhar bem!) — e anunciam que eu já perdi a eleição? Então eu vou lhes mostrar como me comporto em meio àqueles que já disputam o seu lugar […]Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h26 - Publicado em 26 ago 2010, 07h55 Como é mesmo? Segundo um novo Datafolha, a diferença entre Dilma e Serra oscilou para 20 pontos? Os petralhas não descansam nem de madrugada — creiam (devem ganhar bem!) — e anunciam que eu já perdi a eleição? Então eu vou lhes mostrar como me comporto em meio àqueles que já disputam o seu lugar à grama. E por que vou fazer o que segue? Por apreço à verdade. E porque, como escrevi naquele texto quanto estava em Dois Córregos, Corisco só se

Editorial do Estadão, 25/01/2022

  Um Orçamento a serviço da reeleição Áreas poupadas de cortes expõem de forma cristalina as escolhas de Jair Bolsonaro e dos partidos que o apoiam: tudo pela eleição, nada pelo País Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 25 de janeiro de 2022 | 03h00 A sanção do Orçamento deste ano traduz em números a predominância da disputa eleitoral sobre as necessidades do País e consolida o sequestro de verbas públicas pelo Centrão com aval do governo. Com quase 95% da peça orçamentária direcionada para despesas obrigatórias – que incluem pagamento de servidores e de benefícios previdenciários –, o Executivo tinha pouca margem de manobra para cortes, mas conseguiu uma folga adicional ao dilatar o teto de gastos, desmoralizando um instrumento que funcionava como âncora fiscal e dava credibilidade às contas públicas. É justamente por isso que os alvos e áreas blindadas de tesouradas precisam ser analisados com rigor, pois representam de forma cristalina as escolhas de Jair Bolsonaro e dos p

Editorial do Estadão, 23/01/2022

O mal que Lula faz à democracia As sondagens de intenção de voto mostram que parte do eleitorado está se esquecendo de quem é Lula. Convém recordar o que o PT fez em sua passagem pelo poder Notas&Informações, O Estado de S.Paulo 23 de janeiro de 2022 | 03h00 Considerando tudo o que o PT fez e deixou de fazer ao longo de seus 40 anos de existência – muito especialmente, no período em que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff estiveram no Palácio do Planalto –, uma nova candidatura petista à Presidência da República não deveria suscitar entusiasmo na população. A legenda que supostamente seria progressista, ética e renovadora da política percorreu um caminho muito diferente, colecionando casos de corrupção, aparelhamento do Estado, apropriação do público para fins privados e políticas econômicas desastradas. No entanto, apesar de todo esse passivo, Luiz Inácio Lula da Silva tem aparecido em primeiro lugar nas sondagens de intenção de voto para presidente da República. Às vezes

Segundo editorial do Estadão, 19/01/2022

  Terror em Cuba Repressão aos protestos civis em Cuba atesta que a esperança de regeneração do regime comunista é ilusão Notas&Informações, O Estado de S.Paulo 19 de janeiro de 2022 | 03h05 Ao ser nomeado em 2018, o primeiro presidente de Cuba de fora da família Castro, Miguel Díaz-Canel, tinha duas opções: endurecer o regime, agravando a sua condição de pária, como uma Coreia do Norte caribenha, ou abri-lo a mais iniciativa privada e liberdade cultural. A decisão foi inequívoca. Em julho, milhares de cubanos protestaram nas ruas contra a escassez de energia, comida e medicamentos. Díaz-Canel acusou-os de servirem o “imperialismo americano” e conclamou: “Revolucionários, às ruas!”. Brigadas pesadamente armadas espancaram os cidadãos. Pelo menos um foi morto com um tiro pelas costas. Jornalistas tiveram suas credenciais suspensas. A internet foi derrubada. Agentes de inteligência rastrearam dissidentes, invadiram suas casas e intimidaram suas famílias. Mais de 1,3 mil cidadãos f

Editorial do Estadão, 19/01/2022

  Surto populista no Congresso Voluntarista e imprudente, o Legislativo pode mexer perigosamente no mercado de combustíveis e na gestão estadual Notas&Informações, O Estado de S.Paulo 19 de janeiro de 2022 | 03h00 Voluntarismo, imprudência e populismo podem levar o Congresso Nacional a erros tão desastrosos quanto aqueles acumulados pelo presidente Jair Bolsonaro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu pautar a discussão de medidas para limitar o impacto da alta de preços dos combustíveis. Se o fizer, acompanhará o presidente da Câmara, Arthur Lira, já envolvido numa tentativa de mudança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo estadual. O mesmo jogo poderá envolver uma interferência na fixação de preços pela Petrobras. Legislando de forma leviana e incompetente, o Parlamento poderá afetar ao mesmo tempo a administração de uma estatal de capital aberto, a operação do mercado e o financiamento dos governos de 26 Estados,

Segundo Editorial do Estadão, 17/01/2022

  A importância das agências independentes A Anvisa tem sido fundamental na pandemia. Tivesse prevalecido a visão do PT sobre o funcionamento estatal, a saúde do País estaria hoje à mercê de Bolsonaro Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 17 de janeiro de 2022 | 03h00 De maneira incontestável, a pandemia tem evidenciado a importância das agências reguladoras, em especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sem uma instância técnica independente na área da saúde pública, tendo que depender das disposições do presidente Jair Bolsonaro, talvez o País tivesse começado o ano de 2022 sem dispor ainda de nenhuma vacina contra a covid-19 aprovada. Certamente, sem uma Anvisa independente, não teria sido aprovado nenhum imunizante para crianças e adolescentes. A independência das agências reguladoras é um importante limite para o exercício arbitrário do poder, tanto por parte do Executivo como também do Legislativo. Mais de uma vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) recon

Editorial do Estadão, 17/01/2022

  A resiliência da democracia Nada indica que os brasileiros não estejam dispostos a proteger o regime democrático de ataques cada vez mais audaciosos Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 17 de janeiro de 2022 | 03h00 O País chega ao último ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro exaurido após tantos desmandos, tanta incompetência e tantas manifestações de descaso pelas aflições de milhões de brasileiros. No meio dessa travessia acidentada, a eclosão da pandemia de covid-19, que no Brasil matou mais de 620 mil pessoas, lançou luzes ainda mais fortes sobre as flagrantes deficiências administrativas e de caráter do atual mandatário. A história da República não registra um presidente que tenha rebaixado tanto a instituição que representa. Sob Jair Bolsonaro, o deboche, a mentira, a violência e o linguajar chulo, entre outras descargas de falta de decoro, foram convertidos em instrumentos de governo, vendidos aos incautos e aos convertidos como traços da “simplicidade” ou da “a

Segundo editorial do Estadão, 16/01/2022

  A ofensa de cada dia de Bolsonaro Em tática diversionista, Bolsonaro agride quem vê como adversário. Sem fundamento, inventa acusações contra ministros do STF, assim como havia feito com a Anvisa Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 16 de janeiro de 2022 | 03h00 No início do quarto ano de governo, Jair Bolsonaro deixa claro que não tem nenhuma intenção de mudar seu comportamento. Seus recentes atos consolidam a imagem do governante que não governa, desejando manter-se tanto quanto possível alheio às responsabilidades do cargo. E, quando as circunstâncias lhe são desfavoráveis – afinal, suas confusões e omissões produzem consequências –, Jair Bolsonaro reage agredindo e fazendo insinuações contra quem considera seu adversário. Há um país a ser governado, com problemas a serem enfrentados. A fome voltou. A taxa de inflação ultrapassou os dois dígitos. O desemprego continua dramaticamente alto. Diante dessa situação, Jair Bolsonaro opta pela tática diversionista. Sem nenhum f

Editorial do Estadão, 16/01/2022

  O enganoso diagnóstico de terra arrasada Ignorar o muito que se fez nas últimas décadas é um modo certeiro de impedir a resolução dos problemas que ainda persistem. Houve progressos relevantes em muitas áreas Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 16 de janeiro de 2022 | 03h00 A crise social e econômica, aliada a contínuas confusões e manobras políticas, tem sido ocasião para o surgimento de diagnósticos acentuadamente negativos sobre o País. Não são meras avaliações pessimistas ou que dão ênfase a alguns aspectos especialmente dramáticos da realidade contemporânea. Trata-se de outra modalidade de diagnóstico. De forma categórica, tais diagnósticos negam a existência – nos últimos 30 anos ou mesmo nos últimos 40 anos – de qualquer avanço significativo para a população. Segundo essa tese pretensamente realista, as últimas décadas do País teriam sido rigorosamente perdidas. São muitos os problemas que precisam ser enfrentados. Além disso, a história nunca é uma linha contínua

Editorial do Estadão, 14/01/2022

  Guedes de novo rebaixado Chefe da Casa Civil passa a mandar no Orçamento e o ministro da Economia é mais uma vez humilhado por Jair Bolsonaro Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 14 de janeiro de 2022 | 03h00 O dinheiro do contribuinte será a partir de agora manejado – oficialmente – sob a direção do chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Ciro Nogueira (PP-PI), principal nome do Centrão no Executivo federal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ficará subordinado, de forma explícita, ao novo comandante das finanças da União. Qualquer decisão sobre custeio, investimento, transferência, orientação ou reorientação de recursos ficará “condicionada à manifestação prévia favorável” do ministro da Casa Civil, segundo decreto publicado no Diário Oficial de quinta-feira. Com essa decisão, o presidente Jair Bolsonaro rebaixou mais uma vez o ministro da Economia, ex-Posto Ipiranga, e subordinou a execução orçamentária, de forma integral e sem disfarce, à figura ma

Editorial do Estadão, 13/01/2022

  Muito dinheiro para os ‘bem atendidos’ Parlamentares são ‘bem atendidos’ por Bolsonaro para que ele siga no cargo fingindo que governa o País sem ser incomodado Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 13 de janeiro de 2022 | 03h00 A entrevista que o presidente Jair Bolsonaro concedeu à Rádio Jovem Pan na terça-feira passada serviu para, mais uma vez, evidenciar o seu despudor em afrontar os princípios republicanos mais comezinhos e indicar uma das razões, talvez a principal, pelas quais alguém tão despreparado como ele – administrativa, intelectual e moralmente – siga inabalável no exercício da Presidência da República, a despeito de todos os crimes de responsabilidade que cometeu, descritos em mais de uma centena de pedidos de impeachment, e de todos os males que vem infligindo ao País desde que tomou posse. Sob seu governo, avaliou Bolsonaro, o Congresso está “muito bem atendido”. Primeiro, é preciso reconhecer que o presidente não mentiu. Aí está o volume recorde de libera

Editorial do Estadão, 12/01/2022

  Desastres em dois dígitos Com inflação e desemprego acima de 10%, o Brasil de Bolsonaro mantém desempenho muito pior que o da maior parte do mundo Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 12 de janeiro de 2022 | 03h00 Dois desastres econômicos e sociais de dois dígitos, inflação e desemprego, enriqueceram o currículo tenebroso do presidente Jair Bolsonaro em 2021. Empobrecimento foi a contrapartida para a maioria das famílias, com miséria e fome para as mais desafortunadas. A alta de preços até dezembro, de 10,06%, foi a maior desde 2015, quando um aumento de 10,67% premiou os desmandos da presidente Dilma Rousseff . Mas nem com a recessão de 2015-2016 a petista conseguiu elevar a desocupação a 14%, taxa superada em vários trimestres pelo presidente negacionista e inimigo da vacinação. O último levantamento mostrou 12,9 milhões de desempregados, 12,1% da força de trabalho. Não há sinais de melhora significativa até o fim do ano recém-terminado nem expectativa de grande redução