Coluna de José Fucs, Estadão, 26/06/2023
A agenda de Lula, o toma lá, dá cá e a legitimidade da oposição Embora a maioria do Congresso seja de direita e centro-direita, prospera por aí uma narrativa que rotula como “fisiologismo” qualquer objeção às medidas que o governo e a esquerda têm interesse em aprovar Ao terminar a contagem dos votos nas eleições de 2022, um quadro político heterogêneo emergiu das urnas. De um lado, como se sabe, o petista Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso na disputa para a Presidência, apoiado pela esquerda e por setores do chamado centro político, com apenas dois milhões de votos a mais do que o ex-presidente Jair Bolsonaro (1,8% dos votos válidos). De outro, na escolha dos integrantes do Congresso, os vencedores foram a centro-direita e a direita, com a eleição de uma bancada parlamentar expressiva, bem maior do que a da esquerda. Nas contas do professor Denis Lerrer Rosenfield , apresentadas em artigo publicado pelo Estadão , o PT ficou com apenas 68 deputados na Câmara, o equivalente a