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Mostrando postagens de abril, 2017

Lições da Venezuela

"(Na Venezuela) o caos produziu um caos ainda maior e o que mais temos a aprender com a Venezuela é que combater a corrupção é fundamental, mas implodir as instituições e a política não é salvação. Ao contrário, pode ser a perdição. Que aqui não surjam Chávez, Maduros ou qualquer tipo de salvador da Pátria, aproveitando-se da desilusão e da terra arrasada."  Trecho do artigo de Eliane Cantanhêde no Estadão de 23/04/17)

O resumo do Brasil

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O resumo do drama brasileiro é esse aí. Na previdência publica x privada, então, a “ boca de jacaré ” absolutamente se escancara. A instabilidade política é especialmente fabricada para impedir que isso mude. O Brasil está sendo assassinado pra que uns poucos milhões de marajás não tenham de devolver o que nos roubam por dentro da lei. O resto é mentira. Copiado de: https://vespeiro.com/

A reforma da previdência é inadiável. Para entender isso, leia o artigo de Alexandre Schwartsman

"O recuo do governo federal na reforma da previdência, deixando a cargo dos governos subnacionais as mudanças de seus regimes, é um desastre e por mais de um motivo. No conjunto da obra, o Brasil gasta perto de 12% do seu PIB com aposentadorias e pensões, algo parecido com o que gasta a Alemanha (que tem uma proporção de idosos três vezes maior do que a nossa). Destes, 8% do PIB (R$ 508 bilhões) são relacionados ao INSS, isto é, pagamentos feitos a quase 30 milhões de aposentados e pensionistas do setor privado. Já os egressos do funcionalismo público federal, cerca de 1 milhão de pessoas, receberam no ano passado R$ 108 bilhões, equivalente a 1,7% do PIB. Por fim, 1,4 milhão de aposentados e pensionistas oriundos do funcionalismo estadual receberam em 2015 2,1% do PIB." Integra do artigo  aqui

É preciso separar os crimes de acordo com sua gravidade. Um belo editorial do jornal Gazeta do Povo, 13/04/17. Leia abaixo, um trecho dele

Embora também haja pedidos de investigação por corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de cartel, fraude contra licitações e falsidade ideológica, o crime citado mais frequentemente nas solicitações feitas pela PGR é o de caixa dois: das 108 pessoas citadas na lista, 42 podem chegar a ser denunciadas com base no artigo 350 do Código Eleitoral. Esta estratégia usada pela PGR, no entanto, merece uma análise mais cuidadosa. Corre-se o risco de transformar o petrolão em um mero esquema de financiamento ilegal de campanhas eleitorais, quando ele foi muito mais que isso: trata-se da pilhagem de uma estatal (empresa que figurava entre as maiores do mundo, aliás) para alimentar o projeto de poder de um partido político, com a colaboração de outras legendas que lhe davam apoio parlamentar. Em certo sentido, é a continuação do mensalão, que vários ministros do Supremo Tribunal Federal descreveram como um golpe na democracia. Não se trata de minimizar o crime de caixa d

A decadência da revista Super Interessante

" Um jovem some no Acre. Em sua casa são encontradas mensagens em código, escritos que prometem “mudar o mundo” (conte uma novidade pelo menos nesses escritos, porque essa promessa é velha); quadro dele com um ET; e uma estátua de Giordano Bruno, seu ídolo e xará. O que é realmente preocupante é que o jovem sumiu! Sumiu deixando essa longa lista de nada de novo. Encontrem o rapaz primeiro, depois o elevem a profeta New Age! No entanto, qual é a primeira coisa que uma revista decadente chamada “Super Interessante” (para quem?)  escreve sobre o caso?  Algo para baixar o sarrafo na Igreja Católica! A chamada diz: “Em uma era de opressão da Igreja Católica, o filósofo italiano afirmou que o universo é infinito, e que cada estrela tem seus próprios planetas”. Daí por diante, a matéria enumera, com aquele ‘rigor científico’ digno de um encontro de grêmio estudantil ou protesto organizado pela UNE, os muitos supostos méritos de Giordano Bruno, a quem o autor classifica como “filósofo,

Uma belíssima análise do sempre brilhante Flavio Morgenstern

"... Para a direita, caudatária da cultura judaico-cristã, do pecado original e da idéia de uma alma dividida entre bem e mal, todo crime é fruto de uma decisão individual, de uma moral desligada da graça que não resiste à tentação de atalhos mais fáceis e violentos. O Direito Penal nasce como base da sociedade, que só pode suportar um Estado se este for pequeno e sempre controlado pela população civil. Seus modelos penais podem ser analisados em personagens como Hamlet ou Raskólnikov. Para a esquerda, subserviente à ideologia da sociedade moldando o homem, todo crime é culpa antes de um coletivo, seja um constructo genérico (a sociedade), uma estatística econômica (a desigualdade), uma época ou, como é mais freqüente nestes dias, um costume ou suposta ideologia (o machismo). O Direito Penal é corretor não do encarcerado, mas um instrumento de reforma ou revolução, em que o criminoso deve ser reintegrado à sociedade com nova educação, pois sua ação não é livre, mas apenas re

Um tanto quanto radical mas, em tese, correto.

Fechem o MEC Luiz Felipe Pondé*[03/04/2017] Gazeta do Povo Perguntam com frequência o que eu acho da reforma do ensino médio e similares. Seria um avanço ou um atraso? Reforma na educação depende do burocrata de plantão. Suspeito de que a educação seja uma das áreas de conhecimento mais perdidas no mundo atual. De um lado, acumulam-se teorias de que a educação deveria contemplar apenas disciplinas técnicas. De outro, que a educação teria como principal papel a formação do cidadão. Outros pensam que a educação deveria ser revolucionária em tudo, e mais outros, que a educação deveria formar valores morais sólidos. A lista vai longe, chegando mesmo ao caso daqueles que pensam que a educação deveria ser uma assembleia aberta em que bebês votariam na estrutura curricular do jardim da infância para evitar a opressão patriarcal. Alguns, mais semiletrados, inovam a cada dia a educação a partir do palestrante mais na moda e da última teoria politicamente correta no mercado. Uma ideia continua