Sobre o nosso (deles) Lulladrão
O que separa a Rainha Elizabeth II de Dom Lula I? (*) Ucho Haddad – A precisa cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres rendeu-me uma quase obrigação de comparar os perfis e as trajetórias de Elizabeth Alexandra Mary, a Elizabeth II, e de Luiz Inácio da Silva, o magnânimo Lula. Discreta, apesar do pomposo status, Elizabeth tem certeza que reina na Grã-Bretanha. Messiânico, Lula acha que é o rei do universo. Na terra da pontualidade e do verdadeiro scotch, canta-se “Deus salve a Rainha”. No território da cachaça e do jeitinho, Lula acha que é Deus e não salva ninguém. Elizabeth é uma pessoa culta, Lula, um apedeuta avesso à leitura. É difícil imaginar, nos dias atuais, um povo vivendo sob a batuta sempre cadenciada da realeza. Há setenta anos reinando absoluta, Elizabeth tem seus méritos. De igual maneira é difícil imaginar uma democracia sendo preparada para estrear como ditadura. Há dez anos patrocinando a bandalheira nacional, Lula tem um reino de culpas. Na realeza