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Mostrando postagens de novembro, 2017

A administração bêbada de Dilma

O show de Dilma - EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 27/11 Ao trocar o termo workaholic, que significa obsessão pelo trabalho, por uma expressão que poderia ser traduzida como 'trabalho alcoolizado', Dilma, talvez involuntariamente, fez o melhor resumo de sua passagem pela Presidência da República Por quase seis anos – penosos anos –, Dilma Rousseff respondeu pelo governo brasileiro. A rigor, deve-se classificar aquela terrível experiência lulopetista como “desgoverno”, já que resultou em mais de dois anos de recessão, na pior crise econômica da história nacional, criada quase exclusivamente por sua incompetência. Muitos se perguntam até hoje, com razão, como foi possível eleger – e reeleger – tão despreparada figura para o mais alto posto da administração do País. Desde o impeachment, sempre que a presidente cassada se pronuncia sobre qualquer tema, em seu linguajar característico, produto de seu ababelado raciocínio, sobrevém irresistível sensação de alívio pelo fato de a petista

Estamos corrompendo a juventude pelos maus exemplos, que ensinam mais que mil palavras

Ideologia de gênero: meninos de 12 anos só se pegam por que foram ensinados Flavio Morgenstern  23/11/2017 Numa festa de aniversário de 12 anos, dois meninos se beijaram sobre um bolo de Pabllo Villar. O que indigna não é serem gays, é que só estão seguindo moda. Causou celeuma a cena de uma festa de aniversário de uma criança, um garoto que comemorou seu aniversário de 12 anos com bolo e pôsteres de Pablo Vittar, agarrado e beijando frágil seu namoradinho. Seus amigos pediam beijinho gritavam ao redor: “É! É pica, é pica, é pica é pica é pica! É rôla! É rôla! É rôla é rôla é rôla! No seu c*!” PUBLICIDADE A sociedade se indignou. Com gays? Não. Com crianças gays? Não. Com Pablo Bittar? Bem, sim. Mas o problema principal passa ao largo de quem só tenta enxergar o mundo por óticas reducionistas como “homofobia” ou “preconceito”: aquelas crianças não estavam se pegando por serem ultra-gays mostrando que são o que são e a sociedade não tem nada a ver com isso. Exatamente o contrário: est

Empobrecemos muito em vinte anos

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Em duas décadas, ao menos sete “povos” ficaram mais ricos que os brasileiros Publicado por Marlos Ápyus Publicado em 23 de novembro de 2017 De acordo com o Banco Mundial, argentinos, chilenos e uruguaios já são mais ricos do que brasileiros. No momento da redação deste texto, o Brasil tem a nona maior economia do mundo. Mas, com o PIB ainda minguado em decorrência do trágico governo Dilma, corre sérios riscos de ser superado em breve por nações como Canadá, Coreia do Sul, Rússia, Austrália e Espanha, desabando para a 14ª posição. Tal resultado, contudo, advém do fato de o país ter a sexta população do mundo. Quando o que é produzido em território nacional é dividido pelos habitantes, descobre-se que, a depender de quem faz o levantamento, os brasileiros estão entre os 62º e 76º mais ricos do mundo. O pior resultado, claro, vem do maior ranking, o das Nações Unidas, que considera 211 governos. A Fundação Índigo se ateve à pesquisa do Banco Mundial, justo a que traz o melhor resultado,

Guilherme Fiuza

A Liga da Justiça a Jato - GUILHERME FIUZA REVISTA ÉPOCA O novo despertar ético está operando o milagre de reabilitar eleitoralmente o PT O novo despertar da ética no Brasil virou festa com a Operação Cadeia Velha, que prendeu o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A captura de Jorge Picciani e mais uma penca de aliados pela Polícia Federal espalhou o grito de Carnaval: estão atacando a corrupção do PMDB, esse antro de raposas velhas! Mas os éticos deram uma moderada no grito – para não acordar José Dirceu, que tinha sambado até de madrugada. O Brasil é uma novela. Ou melhor: nem uma novela o Brasil é. Novelas têm complexidade, por mais novelesca que seja ela. O Brasil é um borrão unidimensional, cabe numa marchinha de Carnaval. Foi assim que os abutres de ontem – aqueles fantasiados com adereços politicamente corretos e purpurina roubada – simplesmente sumiram da cena. Quem foi Palocci mesmo? Ué, não era esse que outro dia estava contando tudo a Sergio Moro? Ou esse

Benefícios das delações devem seguir a lei

Lewandowski tem razão - CARLOS ANDREAZZA O Globo - 21/11 Ricardo Lewandowski acertou. Refirome à decisão de devolver à Procuradoria-Geral da República a delação premiada de Renato Pereira, o marqueteiro que esteve a serviço do PMDB do Rio de Janeiro. O movimento consiste na primeira freada de arrumação do pós- Janot e reage ao estado de frouxidão, chancelado por Edson Fachin, que permitiu que algo como o acordo da JBS fosse firmado, vergonhosa passagem em que o Supremo Tribunal Federal se comportou como despachante do Ministério Público. Era tranco necessário, o de Lewandowski. Mas que não representa o mais mínimo desrespeito ao que fora definido, em junho, pelo plenário do STF. Naquela ocasião, o tribunal foi claro em estabelecer que os termos de um acordo decorrente de colaboração premiada poderiam ser revistos caso constatada alguma ilegalidade. E não é disso que se trata a demanda do ministro, de um juiz identificando irregularidades e pedindo que o contrato seja reformado para coi

Perdemos (e ainda estamos perdendo) muito tempo. E tempo é dinheiro.

O tempo perdido - GUSTAVO FRANCO ESTADÃO/O GLOBO - 26/11 O papel-moeda está em vias de extinção e o Rio se dedica a criar empregos de cobrador Há algo de podre no modo como o Brasil trata o desperdício de tempo. Pouca gente se dá conta que, quando se mede a prosperidade nacional através do PIB, estamos falando de um fluxo de valor adicionado durante determinado período de tempo, geralmente um ano. Sabemos que a renda per capita do brasileiro foi de R$ 30,4 mil no ano de 2016, o que equivale a cerca de 25% da renda per capita americana. Isso é o mesmo que dizer que, em média, um americano produz quatro vezes mais que um brasileiro durante um ano. O Brasil parece não se preocupar muito com o tempo perdido ou com a produtividade, a julgar pelo noticiário recente. No município do Rio de Janeiro, por exemplo, a Assembleia aprovou o fim da dupla função do motorista de ônibus, com isso revivendo a figura do cobrador (isso foi aprovado com 40 votos a favor e um solitário voto contrário do vere

Só o eleitor é o titular de todos os mandatos

O efeito Picciani Não é o cargo, é o mandato que deve ser protegido, porque pertence ao eleitor *Fernão Lara Mesquita, O Estado de S.Paulo 21 Novembro 2017 | 03h09 Depois de Lula e dos demais esquecidos da primeira temporada deste emocionante seriado, tivemos Temer, Aécio e agora os Piccianis... O ciclo é sempre parecido: à completa e persistente omissão com relação a crimes de todos velhíssimos conhecidos sobrepõe-se, de repente, uma super-reação das mesmas autoridades até então omissas desencadeada, em geral, para desviar a atenção dos alvos realmente visados por essas súbitas inversões de comportamento. Segue-se a comoção pública expressa numa “indignação” que pode incluir todos os ingredientes menos o de uma genuína surpresa com as “revelações” sobre o comportamento de sempre dos alvos da vez, que deságua invariavelmente na desolação com os panos quentes em que tudo acabará morrendo. Fiquemos com o episódio mais recente. Quem não sabia, sobretudo no Rio de Janeiro, quem são os P

A privilegiatura não tem limites

Um mundo à parte Membros do Poder Judiciário parecem operar num mundo acima da Constituição O Estado de S.Paulo 21 Novembro 2017 | 03h06 O Poder Judiciário é o último esteio com o qual a sociedade deve contar para a proteção de direitos individuais e coletivos. Quando tudo parece lhes faltar, é à Justiça que os cidadãos recorrem para a salvaguarda de seus direitos. É precisamente este sofisticado sistema de moderação de conflitos, com base em normas e leis supostamente conhecidas e respeitadas por todos, que representa um dos pilares sobre o qual está erigido o Estado, cuja finalidade precípua é a busca do bem comum e a garantia da paz social. Não por acaso, a opinião que a sociedade tem a respeito do Poder Judiciário, em geral, tende a ser mais positiva do que o que se pensa dos Poderes Executivo e Legislativo. Entretanto, esta liderança do Judiciário em uma imaginária “competição” pelo afeto popular vem sendo comprometida recentemente por desvirtuamentos praticados por membros do pr

Um alerta necessário

Entre o ruim e o pior O Brasil que trabalha e preza a democracia certamente não se vê representado por Lula da Silva e Jair Bolsonaro, líderes nas pesquisas de intenção de voto 21 Novembro 2017 | 03h09 Ainda há um longo caminho a percorrer até a eleição presidencial de 2018, quando então se saberá quais as reais chances de cada um dos postulantes, mas o cenário atual não sugere um futuro promissor para o País. O Brasil que trabalha e preza a democracia certamente não se vê representado por nenhum dos líderes nas pesquisas de intenção de voto – Lula da Silva e Jair Bolsonaro –, pois qualquer um deles, a julgar pelo que andaram prometendo na área econômica, constitui séria ameaça à recuperação do País. Essa tem de ser a principal motivação, neste momento, para que as forças vivas da Nação deixem suas divergências políticas de lado e se organizem em torno de um projeto eleitoral viável, capaz de interromper o que poderá ser uma marcha forçada rumo ao atraso. Dizendo-se não uma pessoa, m

Quem perde e quem ganha com a reforma trabalhista

Quem perde com a reforma trabalhista? A reforma trabalhista trará mudanças importantes na regulamentação do mercado de trabalho, afetando empresas, trabalhadores, sindicatos e a Justiça do Trabalho (JT) e todos os que orbitam nas suas proximidades. Hélio Zylberstajn *, O Estado de S.Paulo 27 Outubro 2017 | 05h00 Comecemos pelas empresas. O aspecto mais importante para o mundo empresarial e, principalmente, para micro e pequenos empreendedores, serão as mudanças nas regras processuais na JT. As regras atuais incentivam reclamações exageradas e até descabidas. A reforma inibirá o comportamento oportunista nas reclamações e simplificará e introduzirá alguma racionalidade no processo trabalhista. As empresas que buscam cumprir a legislação terão menos problemas e a litigiosidade nas relações de trabalho deverá cair. Quanto aos trabalhadores, há quem sustente que a reforma eliminará e/ou reduzirá seus direitos. Esse discurso tem grande apelo, mas não convence quem se dispuser a ler com cui

Assino embaixo

A escrava que não é Isaura - EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 03/11 É uma afronta à Lei Áurea e aos direitos humanos utilizar a lei que aboliu a escravidão no País como argumento para receber mais que o teto previsto na Constituição A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, apresentou um pedido ao governo para acumular o seu salário de ministra com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil mensais, revelou o Estado. Por força do teto constitucional, ela recebe atualmente R$ 33,7 mil mensais. Essa situação, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”, diz o pedido apresentado no início de outubro. É uma afronta à Lei Áurea e aos direitos humanos utilizar a lei que aboliu a escravidão no País como argumento para receber mais que o teto previsto na Constituição. A remuneração dos ocupantes de cargo

Um artigo que mostra o que se fez para diminuir a violência nos EUA. Demanda tempo, mas é um caminho que levou a um bom resultado.

Criminalidade e Democracia Vespeiro, 31/10/17 Em todos os tempos e todos os lugares essa gente do poder voa quando o povo lhe dá asas. O que leva o ser humano ao crime é uma questão controvertida mas a da segurança pública é bem mais objetiva. Nós com 29,5, eles com 4,2 assassinatos por 100 mil habitantes apesar de todas aquelas armas, as idas e vindas dos Estados Unidos no tratamento desse problema podem ter algum valor didático. Na esteira da luta pelos direitos civis nos anos 50 e 60 a Suprema Corte, refletindo a “narrativa” política dominante na época, aprovou medidas para reforçar os direitos dos condenados. Sendo o crime “consequência da má distribuição de renda” e a política penal “enviesada por preconceitos de classe e raça”, era hora do sistema voltar-se precipuamente para a reabilitação das “vítimas da sociedade”. A nova orientação resultou num declínio acentuado da população carcerária mas a partir do meio da década as taxas de crimes violentos (inclui mais que