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Mostrando postagens de maio, 2018

Belíssimo artigo de Vera Magalhães publicado no Estadão de hoje, 27/05

Ensaio sobre a cegueira Ódio ao governo Temer uniu esquerda e direita no apoio cego a um movimento chantagista Vera Magalhães - O Estado de S.Paulo 27 Maio 2018 | 05h00 As cenas vividas no Brasil de 2018, com desabastecimento de combustíveis e toda sorte de produtos, filas em postos de gasolina, estradas paradas por caminhoneiros e pessoas indo aos supermercados para estocar víveres cada vez mais caros e a concessão do governo na forma de lautos subsídios lembra em tudo crises anteriores do Brasil, da superinflação de José Sarney à greve dos caminhoneiros do governo FHC. A escalada de um movimento que começa como uma reivindicação setorial e se alastra por outras categorias, pegando de surpresa governos, imprensa e analistas também leva a um paralelo com junho de 2013. Mas a soma de tudo isso, a reação entre incompetente e covarde de governantes e candidatos e um apoio histérico da esquerda e da direita radicais a um movimento que parou o País me remetem ao magistral romance Ensaio sob

O erro de Lula está na raiz desta crise

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Comédia de erros Crédito barato para comprar caminhão provocou excesso de oferta e reduziu frete 27.mai.2018 às 3h10 Logo após a crise de 2009, os formuladores de política econômica passaram a estimular a compra de caminhões com empréstimos subsidiados do BNDES. Achava-se que seria política contracíclica eficaz para ajudar a economia a sair da crise iniciada em 2008. O programa de crédito muito barato persistiu até o primeiro mandato da presidente Dilma. De 2009 até hoje a frota de caminhões aumentou 40%. A economia, no mesmo período, cresceu 11%. Não havia necessidade de tanto caminhão. Evidentemente, o excesso de oferta de caminhões pressiona o frete para baixo. A situação é especialmente difícil para o motorista autônomo. Os grandes operadores expandiram muito a oferta e podem contratar outros motoristas. Mesmo porque o mercado de trabalho muito fraco, com elevado desemprego, facilita as coisas para os grandes operadores. A movimentação de veículos pesados nas estradas pedagiadas en

Um belo artigo sobre o ato da cabo Kátia Sastre, da PM-SP

A mulher que matou o bandido - J.R. GUZZO REVISTA VEJA Uma guerreira lava a alma das brasileiras oprimidas pelo crime A cabo Kátia da Silva Sastre, da Polícia Militar de São Paulo, é uma heroína das mulheres brasileiras. No último sábado, em defesa da filha que tinha ido buscar na escola, de outras meninas que saíam com ela e das mães que as esperavam na calçada, matou com três tiros um bandido que apontava uma arma de fogo contra as crianças e mulheres. Foi uma cena que só se vê em série de TV americana, onde a polícia age sempre com heroísmo, competência, respeito à lei e boa pontaria. Kátia não errou nenhum dos três tiros que disparou do revólver que sacara da bolsa. Com o assaltante caído no chão, depois de atirar nela duas vezes, deu-lhe voz de prisão ─ e afastou com o pé, para fora do seu alcance, a arma que ele havia apontado para as meninas e suas mães. Em seguida, mantendo o criminoso imobilizado no chão, esperou pela chegada da polícia. Levado para o hospital, o sujeito morre

O Brasil é ou não um país de merda?

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E a novela do Satélite Brasileiro continua… Postado Por  Carlos Cardoso  em 07 05 2018 em  Brasil ,  Defesa ,  Destaques ,  Engenharia A regra é clara: nada dá certo nesse país. A nossa vocação pro fracasso é impressionante. Lembre-se, é o país onde tivemos 500 anos pra fazer a réplica da caravela do Cabral, e  conseguimos atrasar e perder a data . Em termos de programa espacial, estamos 50 anos atrasados em relação ao resto do mundo, conseguimos nos enrolar mesmo com nossos atrasos, como o satélite CBERS que subiu mais de um ano depois do previsto e já em órbita se tocaram que  não haviam  licitado  o software pra decodificar as imagens dele . Agora com o SGDC a brincadeira ficou séria, nos superamos em nossa incompetência. O SGDC, antes chamado de SGDC-1 mas acho que a ficha caiu, é um satélite de comunicações geoestacionário construído pela Thales Alenia Space, um projeto que custou R$ 2,78 bilhões. Muita grana, mas espaço é assim mesmo. É um projeto que vem sendo dis

Os caminhos para uma democracia representativa

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Por uma “democracia representativa” 8 de maio de 2018  §  1 comentário Artigo para O Estado de S. Paulo de 8/5/2018 É pura ilusão acreditar que mais uma eleição dentro da mesma regra “proporcional” das anteriores – agravada agora pelo “financiamento público” que abafa a voz de quem entra limpo na disputa enquanto dá um megafone ao continuismo – vá mudar qualquer coisa de significativo na tragédia brasileira. É de uma ingenuidade de dar pena afirmar que “eleger gente honesta” é o quanto basta, como se jogar honestamente se tivesse tornado milagrosamente possivel num jogo que começa viciado pela obrigação de todo estreante de compor-se com os donos das capitanias partidárias hereditárias e seus latifundios no “horário gratuito” e prossegue com os políticos, tornados intocáveis assim que eleitos pelos 30 co-proprietários do “fundo partidário” dimensionado e redimensionado “a gosto”, negociando cada voto nos legislativos. Também é sonho de uma noite de verão imaginar que a do