Aulas desperdiçadas

Os Ministros do STF vivem dando aulas à polícia federal sobre as prerrogativas dos advogados e sobre a inexistência de inquéritos policiais sigilosos quando se trata de acesso a eles pelos advogados das partes. Em especial o Ministro Celso de Mello tem sido muito didático neste aspecto. Basta ler qualquer um de seus votos nos inúmeros HCs por ele concedidos contra atos arbitrários de delegados. Entretanto, parece que a arbitrariedade é um vício que cola nas autoridades e é muito difícil de ser removido.

Soube, há pouco, que um delegado da PF de Naviraí estabeleceu dia, hora e tempo para que os advogados tenham acesso a seus clientes presos. Talvez seja preciso possibilitar-lhe a leitura de uma das lições do Ministro Celso de Mello. Ou seria desperdício?

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