Que gracinha!, como diria a Hebe.

O comandante da PM, Ademar Brites, disse que precisa de mandado judicial para interferir no bloqueio que os sem-terra estão realizando em quatro rodovias do Estado nesta quinta-feira. Ele disse que somente caso o Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte) ou a Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos) peça o reforço policial eles poderão interferir. Brites salientou que a Polícia Militar não pode intervir sem a ordem da Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Além disso, caso a PRF necessite de reforço para intervir nas rodovias federais também há necessidade de pedir autorização. O comandante da PM salientou que, apesar dos prejuízos causados aos motoristas, o movimento é pacífico. Os sem-terra fecharam nesta quinta-feira quatro rodovias do Estado. Eles bloquearam a BR-163 no quilômetro 721 próximo ao perímetro urbano de Coxim, a BR-163, no quilômetro 47, que liga Eldorado ao Estado do Paraná, a BR-487, no trecho que liga Itaquiraí a Naviraí, além da MS-162, no trecho que liga Sidrolândia a Maracaju. Ainda, o grupo ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-terra) interditou a BR-262, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.
Pacificamente você pode violar o direito de ir e vir garantido constitucionalmente aos brasileiros. Pacificamente você pode impedir alguém de entregar sua carga, viajar, trabalhar, passear, enfim, ir para onde quiser.
Esta é a mentalidade de nossas autoridades. Para começar, o movimento não é pacífico. O MST bloqueia a rodovia armado com foices, enxadas, facões e outros objetos que, se em princípio são para trabalho, também servem para cometer violência. Tente atravessar a barreira e certamente levará uma foiçada. Este é o entendimento de movimento pacífico adotado por autoridades que têm vergonha de exercer o direito - e dever! - que a sociedade lhes outorgou.
Talvez a solução seja combater a violência com violência maior.

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