Seremos eternamente o país do futuro?

Em entrevista que pode ser lida no site da BBC Brasil, Thomas Skidmore, um brasilianista de alto coturno, assim respondeu à pergunta que lhe foi feita e que transcrevo abaixo, com um sentimento de desilusão. Desilusão porque meu saudoso pai dizia, ainda quando eu era criança, que o Brasil era o país do futuro. Que ele não alcançaria vê-lo desenvolvido e minimamente civilizado mas, eu, sim. Já estou quase furando fila de banco e não vi o prometido futuro. Meu neto, pelo andar da carruagem, acho que também não verá.

BBC Brasil - Ainda dá para acreditar que o Brasil é o país do futuro?

Skidmore - (rindo) Esse é um fardo muito pesado para carregar. Mas não é só criando um monte de universidades que você vai tirar o Nordeste da situação em que a região se encontra hoje em dia. O Brasil precisa de um programa ofensivo. Precisa ir para o ataque. Mas no Brasil parece que as pessoas só gostam de ir para o ataque no futebol. Sou cético. Não creio que conseguirei ver meu sonho realizado. Estou desiludido. Os brasileiros gostam de pensar que são idealistas. Mas acho que estão perdendo seus ideais.

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