Pequenos ditadores V


Rio de Janeiro - Uma das principais preocupações do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) é o uso do telefone celular no dia da eleição. O eleitor estará proibido de entrar na cabine de votação com o aparelho.
Se entrar com o equipamento escondido e o mesário desconfiar, o eleitor terá de deixar o celular na mesa e só poderá pegá-lo após a votação juntamente com o título eleitoral. Se insistir em desobedecer a ordem do mesário, o eleitor será preso em flagrante, segundo a vice-presidenta do TRE-RJ, desembargadora Letícia Sardas.

Comento:  Esta proibição é de uma idiotice ímpar. Mas, como no Brasil as autoridades judiciárias, principalmente as ligadas ao processo eleitoral, legislam da forma que desejam, sem qualquer restrição e sem amparo legal (na maioria das vezes por "resolução" ou "port(c)arias que chegam a proibir o uso de fogos de artifício em uma cidade), o Brasil vira este país de restrições inconstitucionais. São os pequenos ditadores, expressão cunhada pelo jornalista José Paulo de Andrade, da Rádio Bandeirantes - SP, que sentem-se poderosos quando conseguem  criar dificuldades ou empecilhos aos cidadãos que pagam seus gordos salários.

Recordo-me que há muitos anos não deixaram meu neto, então com 4 ou 5 anos, acompanhar-me à cabine de votação porque isto violaria o sigilo do voto. Enquanto isso, ficam enchendo nosso saco com propaganda na televisão visando estimular as crianças a dar valor ao voto. Qual a melhor forma, senão aquela de acompanhar seus pais ou avós ao ato de votar?  Êta país de hipócritas!

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