O poema do Senador
Recebi e-mail contendo uma manifestação atribuída ao senador gaúcho Pedro Simon, em forma de carta à mãe do menino João Hélio , na qual ele faz inúmeras considerações sobre a violência que nos aflige. É um texto poético. Diria até, melodramático. Sem dúvida que é uma maneira de aproveitar o momento de comoção nacional para, de certa forma, marcar posição e, eventualmente, tirar proveito político.
Mas a posição que queremos - e exigimos - de nossos políticos é outra. Queremos que apresentem soluções, não que comparem a violência do facínora urbano nacional aos bombardeios de Bagdá, duas coisas diferentes com causas absolutamente diversas. Queremos ação e não discurso. Para agir em nosso nome, combater as causas e diminuir as consequências é que foram eleitos pelo povo. No caso específico do senador gaúcho, ele foi inúmeras vezes deputado, senador, governador, ministro, etc. Está na vida pública nacional há dezenas de anos. Melhor seria, portanto, em vez de fazer poesia, que apresentasse algum resultado prático de sua atuação, justificando-a a seus eleitores e a todos os cidadãos que pagam impostos, cumprem as leis, educam seus filhos, cuidam de suas famílias. E que não têm qualquer culpa se os políticos eleitos, traidores dos compromissos assumidos em campanha, não cumprem sua obrigação de aplicar corretamente os recursos públicos extorquidos dos cidadãos; de reduzir a carga tributária e facilitar os que querem empreender para fazer crescer a economia, gerando empregos; de fazer leis adequadas para o combate à criminalidade e executá-las convenientemente; de aparelhar, enfim, a polícia e a segurança pública com os recursos necessários para que exerçam suas funções.
Chega de poetas de ocasião. Precisamos é de coragem, decisão e ação das autoridades constituídas. Até porque, se não for assim, para que tê-las? Melhor será desconstituir o Estado que foi criado para nos servir e atualmente só nos escraviza.
Comentários
Tá ficando profissional, hehehe!
Beijos.