O Brasil não é o país do futuro. É o pais sem futuro

Vejam o porquê neste trecho do artigo de Eduardo Gianetti:

A poupança no Brasil, por motivos históricos e culturais, sempre foi pequena diante das nossas aspirações de crescimento, mas nos últimos anos encolheu ainda mais. A poupança doméstica está hoje em 13% do PIB --menor valor da série histórica. Somada à poupança externa de 3,7% do PIB (equivalente ao nosso deficit em conta corrente), ela financia um investimento em capital fixo inferior a 17% do PIB.
Para efeito de comparação, os emergentes de maior dinamismo investem somas que vão de 23% do PIB (Chile, Peru, Colombia) a 28% do PIB na Índia e 40% do PIB na China. Quando era nação emergente, no final do século 19, os EUA investiam 30% do PIB.
Por que o Brasil poupa e investe tão pouco? O cerne da resposta remete ao "crowding out fiscal". O Estado brasileiro (União, Estados e municípios) arrecada 36% do PIB em impostos, gasta 5% do PIB a mais do que arrecada (deficit nominal) e entrega apenas 2,5% do PIB (PAC "" Plano de Abuso da Credulidade incluído) em formação bruta de capital fixo.
A implicação disso é que a capacidade de investimento da nação --setores privado e público-- fica enormemente prejudicada pelo fato de que o Estado drena 41% do valor criado pelo trabalho dos brasileiros e transforma esses recursos não em capital capaz de multiplicar a renda futura, mas em gastos correntes.
Artigo completo em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/201651-futuro-penhorado.shtml

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