A esquerda gosta de mentir e da mentira


Tenho lido em quase todos os veículos da imprensa que o mundo inteiro, em especial o Brasil, ganhará com o a atitude de Obama e Raul Castro no restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países
Alguns colunistas chegam a dizer que o Brasil poderá participar do bilionário mercado cubano e poderá utilizar-se do Porto de Mariel, feito com dinheiro brasileiro e pago pelos médicos-escravos cubanos que aqui trabalham, para estabelecer uma área de livre comércio que exportará para o mundo, particularmente para os EUA.

Os articulistas que pregam tal ideia estão dizendo uma grande asneira.

Cuba é uma ilhota com população em torno de dez milhões de habitantes, com nível de vida miserável, acostumada a não produzir quase nada durante os mais de cinquenta anos de ditadura castrista. Assim, não existe razão para supor que se transformará em polo exportador ou área de livre comércio. Poderá, quando muito, após um longo período de adaptação, voltar a ser o que sempre foi. Uma ilha turística, sem nenhuma expressão econômica no mundo. Aliás, sem nenhuma expressão política também, não fossem os puxa-sacos que idolatram os irmãos Castro.

O porto construído pelo Brasil (sabe-se lá por qual motivo, apenas imagina-se quais sejam, face à ausência de liberdade financeira e fiscalização contábil na ilha) será mais um elefante branco. Jamais concorrerá com o Panamá, tão próximo, com estrutura melhor e canal que liga o mundo através do Canal do Panamá. Mesmo porque o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e EUA não significa a imediata vigência de relações comerciais, as quais dependem de decisão do Congresso Americano, refratário à matéria.

Todos os elogios, portanto, que lemos na imprensa nos dias atuais nada mais são do que louvação ao ditador e ao governo brasileiro, tentando nos convencer que o envio de dinheiro para a ditadura cubana foi um bom negócio para o Brasil. Não foi. Tanto que foi decretado sigilo sobre o empréstimo feito e suas condições. Você acha que se tivesse sido um bom negócio o governo não faria propaganda dos seus termos? Basta ver que ele se orgulha dos bilionários empréstimos feitos aqui no Brasil pelo BNDES, com juros subsidiados, aos empresários amigos do rei, tais como JBS, Eike Batista, Oi, etc. etc.

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