Na veia! Ou seria "Na véia"?

A presidente Dilma Rousseff tem um grave problema com as palavras. Ela não sabe falar em português. Usa um idioma estranhíssimo, muitas vezes absolutamente, rigorosamente incompreensível, indecifrável.
Os exemplos estão aí, às dezenas, às centenas. No Facebook, foi criada uma bela página, “Dilmês”, com um grande amontoado das pérolas. O autor chama-se Guilherme Macalossi, e merece parabéns por seu trabalho.
As frases são de fazer cair o queixo.
Sobre o Dia das Crianças, por exemplo, a presidente da República pronunciou: “Principalmente porque, se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.
Um dia antes, 11 de outubro, em discurso sobre um PAC desses que os marqueteiros dela criam, explicou: “Sabe de que é o casco da plataforma? É feito… é sofisticado, mas é uma sofisticação, eu diria, simples, contraditoriamente, porque você faz o casco e solda”.
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O fato de a presidente da República se expressar dessa forma, digamos, muitíssimo mais do que confusa, pode ser visto como algo folclórico, engraçadinho. De fato, diante de algumas exibições de dilmês castiço é impossível não rir.
Mas na verdade é algo muito grave: se não sabe falar, se não sabe expressar o que pensa, essa pessoa não sabe pensar.
Temos então que o Brasil é presidido há quase três anos por uma pessoa que não sabe pensar!
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Mas o problema mais grave de Dilma Rousseff com as palavras é que ela mente. Ela não fala a verdade. Ela engana, burla, engoda, ilude, ludibria, tapeia.
Nos últimos dias, a presidente afirmou que seu governo não abandonou o tripé básico da economia estabelecido durante o governo Fernando Henrique Cardoso – câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.
É mentira.
Afirmou que em 2013, pelo décimo ano consecutivo, a inflação brasileira ficará dentro da meta.
É mentira.
Afirmou que está pouco interessada em eleições e dedicada só a governar.
É mentira. Falsidade, burla, embuste, fraude, logro, ludibrio, moca, peta.
Estão aí logo abaixo diversas explicações de que por que as afirmações feitas pela presidente não passam de mentira.
Ou então…
“Talvez a declaração (sobre o tripé da estabilidade econômica), embora obviamente falsa, tenha sido feita de boa-fé, por desconhecimento do sentido próprio das palavras e dos fatos”, escreveu em editorial o Estadão.
“Por desconhecimento do sentido próprio das palavras e dos fatos”
Que expressão mais elegante – e ferinamente irônica.
Em português claro, quem “desconhece o sentido próprio das palavras e dos fatos” é idiota.
Podemos então escolher: ou a presidente mente, ou então não foi dotada de inteligência.

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