Até onde vai a insensatez dos poderosos?

Leiam abaixo trecho de notícia extraída do Consultor Jurídico:


MAIS UM BENEFÍCIO
Aprovado o projeto que cria auxílio-educação para juízes do Rio

26 de maio de 2015, 18h57


Os juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro passarão a contar com um benefício a mais no fim do mês: o auxílio-educação. O projeto de lei que prevê o pagamento de R$ 953,47 por filho, para o custeio das despesas com a escola, foi aprovado nesta terça-feira (26/5) pela Assembleia Legislativa fluminense.

O valor será pago todo mês a juízes e servidores com até três filhos, em idade entre 8 e 24 anos. O projeto de lei foi elaborado pelo próprio TJ-RJ sob a alegação de se promover a simetria com o Ministério Público estadual, que já recebe auxílio semelhante. O dinheiro sairá do Fundo Especial do TJ-RJ, composto pela arrecadação com taxas judiciárias e custas judiciais.

O presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, comemorou a aprovação do projeto de lei. De acordo com ele, após anos de defasagem salarial, a concessão do auxílio-educação traz um estímulo aos magistrados e servidores. “A perda de poder aquisitivo não conhece rubrica, vitimando a todos indistintamente”, afirmou.

Comento: Até onde vai a insensatez dos poderosos? Não bastam o salário muito bom e outras regalias funcionais e financeiras que recebem os juízes e servidores? Não lhes basta serem membros da mais alta casta social do país? É necessário tripudiar sobre os contribuintes?

Notem que os membros do Ministério Público já percebem tais benefícios, agora estendido ao judiciário. 

A notícia está errada ao afirmar que o dinheiro sairá do Fundo especial do TJ-RJ. Sairá, como sempre, do bolso do contribuinte brasileiro que não aguenta mais tanta festa com seu dinheiro, sem nenhum retorno na forma de prestação de serviços úteis.

O valor do benefício é de R$ 953,47 por filho, o que supera o valor do salário mínimo nacional, numa clara afronta à dignidade dos trabalhadores comuns.

As autoridades estão brincando com fogo. Depois, não poderão reclamar quando eventualmente se queimarem ou forem queimadas pelos que lhes pagam os privilégios.


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