Porque o governo não quer abrir mão da CPMF ou de qualquer outra receita...

O inchaço puro e simples da máquina e a marca de 1 milhão de funcionários públicos são também sintomas de um estado que não quer emagrecer. Em 1992, havia 998.000 servidores do Executivo, somando civis e militares. Nos dez anos seguintes, o quadro de pessoal foi sendo enxugado lentamente. Em 2002, no término do governo Fernando Henrique Cardoso, a administração federal dispunha de 810.000 trabalhadores. Desde que Lula tomou posse, no entanto, foram contratados 190.000 servidores. Dados do Siafi (sistema de acompanhamento da execução financeira do governo), obtidos por VEJA, indicam que, em junho passado, o total de funcionários alcançou 999.000 pessoas. Dá-se como certo que o funcionário número 1 milhão já foi admitido.

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A conta do funcionalismo, no entanto, não pára no Executivo. Há ainda 92.000 trabalhadores do Judiciário e outros 27.000 do Legislativo federal, o que eleva o total dos servidores para 1,119 milhão. Sem falar em cerca de 1 milhão de aposentados e pensionistas. São mais de 2 milhões de pessoas que recebem vencimentos pagos pelo Tesouro nacional, uma despesa que atingiu 100 bilhões de reais em 2006. A conta do funcionalismo, no entanto, não pára no Executivo. Há ainda 92.000 trabalhadores do Judiciário e outros 27.000 do Legislativo federal, o que eleva o total dos servidores para 1,119 milhão. Sem falar em cerca de 1 milhão de aposentados e pensionistas. São mais de 2 milhões de pessoas que recebem vencimentos pagos pelo Tesouro nacional, uma despesa que atingiu 100 bilhões de reais em 2006.

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Números compilados por Marinis mostram que o governo americano gasta o equivalente a 1,2% de seu produto interno bruto (PIB) com o pagamento de salários dos servidores civis, ao passo que no Brasil o custo é de 2,7% do PIB – e não se tem notícia de que a burocracia brasileira seja mais eficiente.

(Fonte: Veja n. 2024, 05/09/07)

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