ONGGs - Organizações Não Governamentais Governamentais

A farra das ONGs

Um mês e meio após ter iniciado uma auditoria para apurar as denúncias de fraudes cometidas por organizações não-governamentais (ONGs) com recursos do Programa Brasil Alfabetizado feitas pelo Jornal da Tarde (JT) e pelo Estado, o Ministério da Educação (MEC) não apenas as confirmou, mas descobriu que as irregularidades eram muito mais graves do que se imaginava, envolvendo cifras bilionárias. Das 47 ONGs auditadas, 34 apresentaram problemas.
Reportagens dos dois jornais publicadas em julho mostraram que, para se apropriar de dinheiro público, essas ONGs, várias das quais vinculadas à CUT e ao PT, há muito tempo vinham recorrendo a expedientes conhecidos, como a apresentação de notas frias e recibos falsos na prestação de contas, duplicidade de turmas, classes fantasmas, docentes cadastrados para atuar em três lugares diferentes ao mesmo tempo e alfabetizadores registrados sem que soubessem.
Além de constatar essas fraudes, a auditoria do MEC descobriu que algumas das ONGs que firmaram convênios com o Brasil Alfabetizado só existem no papel. Foram criadas só para abocanhar parte dos recursos que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) destina para a alfabetização de jovens e adultos, não dispondo de sede, telefone, secretária, corpo técnico e docentes.
O MEC detectou seis ONGs fantasmas - duas em São Paulo e quatro na Bahia. Juntamente com outras três entidades, todas com nomes “politicamente corretos”, como Associação de Inclusão Social, Núcleo Cultural Direito ao Saber e Fundação Humanidade Amiga, elas receberam R$ 2,2 bilhões do FNDE para alfabetizar 50 mil pessoas e não ensinaram ninguém.
Por falta de controle do governo, essas ONGs ganharam dinheiro fácil durante muito tempo, até a publicação das reportagens do JT e do Estado.
Fonte: Site Contas Abertas
Comento: Não há falta de recursos. Estes, até sobram. O que abunda é dinheiro malversado, roubado descaradamente dos cofres públicos. Por isso é fundamental não aprovar a prorrogação da CPMF. Com menos dinheiro, o governo terá de gastar melhor o muito que já tem

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