Achou que estávamos no limite?

FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A revisão das contas nacionais pelo IBGE, que "baixou" a carga tributária de 38,8% para 35,2% do PIB (Produto Interno Bruto), reforçou a expectativa de que o governo orientará novas mudanças tributárias para, além de tentar racionalizar o sistema, promover nova rodada de aumento da arrecadação.A razão é óbvia e histórica, segundo especialistas: as despesas do governo continuam em trajetória crescente, mesmo nas previsões oficiais de gastos para os próximos anos.Ao mesmo tempo, uma série de tributos já deu sinais de esgotamento na capacidade de arrecadação.É o caso da CPMF (que, de provisória, já se tornou definitiva), do PIS e do já cadente IPI (ver quadro). Até mesmo o ICMS estaria chegando ao limite, sobrando espaço para um aumento de arrecadação apenas pelo lado da fiscalização.O próprio governo trabalha com expectativa de aumentos na receita para cobrir despesas primárias (não-financeiras) crescentes nos próximos anos -equivalentes a 21,5% do PIB em 2008; 21,8% em 2009; e 22% em 2010, segundo projeções oficiais. (Folha de São Paulo, 22/4/07).

Prepare-se, portanto. Porque, no Brasil, a única certeza que temos é que ontem foi melhor...

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