É para rir ou chorar?

OAB defende direitos humanos em Cuba

Brasília - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi representado pelo membro honorário vitalício ex-presidente, Cezar Britto, no “Encontro Internacional pela Libertação dos Cinco: 15 anos, basta!”, realizado em Havana, Cuba.  O encontro foi entre os dias 11 e 13 de deste mês.
O objetivo do evento foi fortalecer a campanha mundial pela libertação dos cinco agentes de inteligência cubanos presos nos Estados Unidos por espionagem e conspiração. Na ocasião, foi assinado o Protocolo de Intenções em prol dos Direito Humanos e da Advocacia entre a OAB e a União Nacional dos Juristas de Cuba. 
O documento elenca em dez artigos intenções sobre direitos humanos; combate à corrupção; princípios reguladores da profissão e da atuação das ordens de advogados; combate ao tráfico de pessoas; rápida e eficaz administração da Justiça; realização de cursos e seminários, bem como visitas de qualificação profissional.

Comento: Quando li a manchete no boletim informativo da OAB até fiquei animado. Entendi que a entidade teria defendido, em Cuba, os direitos humanos. À primeira vista, seria um ato de coragem ir a uma das mais antigas ditaduras do mundo e defender o direito de ir e vir, de sair do país, de ter liberdade de expressão, política, religiosa, etc.

Mas o quê! A OAB foi lá dar apoio ao regime ditatorial, pedindo a libertação de cinco espiões cubanos presos nos Estados Unidos por espionagem e conspiração. Quer dizer: a OAB foi à uma ditadura para dar-lhe apoio contra a maior democracia do mundo.

É para rir ou chorar? Acho que é para chorar pelos descaminhos da entidade que deveria ser um baluarte da democracia e, no entanto, está servindo como apoio à uma ditadura cruel e sanguinária.

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